TRANSPLANTE DE CABELOS SEM CICATRIZ?

Infelizmente isso não existe! Tem havido muita publicidade a respeito com relação a esse assunto e me sinto na obrigação de alertar aos interessados que a chamada técnica FUE deixa sim cicatrizes na área doadora. São dezenas, centenas ou milhares de bolinhas sem cabelos que diminuem a densidade dos cabelos na região de onde se extraem

(foto extraída da internet, fonte desconhecida) Quando sai na mídia uma matéria jornalística de uma personalidade que fez cirurgia fora do Brasil usando essa técnica FUE passa-se uma idéia de que aqui as técnicas são ultrapassadas e de que lá fora tudo é melhor. Além da técnica FUE ser a mesma lá fora ou aqui no Brasil, quando se opera no exterior existe sempre o risco de se ocorrer uma complicação, por menor que seja, em que o paciente precise de cuidados hospitalares e isso implicará em custos astronômicos. A FUE se mostra um canto de sereia no tocante a ausência de cicatrizes, a principal crítica é que obriga o paciente a realizar múltiplas cirurgias para se obter boa densidade, aumentando sobremaneira o seu custo, daí minha preferência pela STRIP (ou FUT) ,que bem executada deixa apenas uma cicatriz linear,fina e delicada,facilmente coberta pelos cabelos,mesmo curtos. O ganho de transplantes por procedimento na FUE é muito inferior quando comparado a técnica convencional. Enquanto numa cirurgia pela técnica strip permite retirar entre 3000 a 4000 unidades foliculares,na FUE chega-se a 500 a 800 no mesmo tempo cirúrgico, com um índice maior de perda. O índice de perda de cabelos é muito grande nesta técnica devido a transecção das raízes, pelo fato de ser um procedimento feito “às cegas”. Índice que oscila em torno de 30% em cabelos lisos e retos e aumenta quando os cabelos são mais claros, crespos ou que crescem de forma não paralela. Isso mesmo usando um robô. Os danos são mais frequentes em cabelos crespos, claros e finos. Outro problema é que o paciente se vê obrigado a raspar a cabeça a cada procedimento. O custo por procedimento é muito maior na FUE, principalmente quando se usa o robô. Após múltiplos procedimentos a área doadora ficará rarefeita, pois os cabelos retirados não se regeneram. Dr. Milton Peruzzo