Mastoplastia Aumento

MASTOPLASTIA ESTÉTICA DE AUMENTO (cirurgia de aumento de mama)

Você estará prestando uma inestimável colaboração a “você mesma” lendo com atenção as observações que faremos às inevitáveis perguntas que todas as candidatas a cirurgia plástica de aumento das mamas costumam fazer ao seu cirurgião plástico.

A cirurgia plástica de aumento das mamas deixa cicatrizes?

Felizmente, esta cirurgia permite-nos colocar as cicatrizes bastante disfarçadas, o que é muito conveniente nos primeiros meses. Para melhor esclarecê-la sobre a evolução cicatricial, vamos relatar os diversos períodos pelos quais as cicatrizes infalivelmente passarão:

PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30o dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.

PERÍODO MEDIATO: Vai do 30o dia até o 12o mês. Neste período há o espessamento natural da cicatriz, bem como inicia-se uma mudança de cor, da mesma, passando para mais escuro (do vermelho para o marrom) que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois, o período tardio se encarregaá de diminuir os vestígios cicatriciais.

PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente, atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia, no tocante à cicatriz, deverá ser feita após este período.

Onde se localizam as cicatrizes?

Alguns cirurgiões as situam no sulco formado entre a mama e o tórax. Outros, na área da aréola, e até mesmo na axila. Desde os primeiros dias pós-operatórios poderá ser usado um “decote bastante generoso”, pois, as cicatrizes ficam completamente escondidas. Com o decorrer do tempo (vide item anterior), as cicatrizes vão ficando bastante disfarçadas, chegando mesmo à quase invisibilidade, em certos casos.

Ouvi dizer que algumas pacientes ficam com cicatrizes muito visíveis.

Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Essa tendência, entretanto, poderá ser prevista, até certo ponto, durante a consulta inicial, quando lhe fazemos uma série de perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como a análise das características familiares, que muito nos ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Geralmente, pessoas de pele clara não tendem a esta complicação cicatricial; pessoas de pele morena têm maior predisposição ao quelóide ou à cicatriz hipertrófica. Isto entretanto, não é uma regra absoluta. A análise dos antecedentes, como já o dissemos, nos facilitará o prognóstico cicatricial.

Existe correção para as cicatrizes hipertróficas?

Vários recursos clínicas e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir, entretanto, o período mediato da cicatrização. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida conosco e nunca com suas amigas que, como você, “também estão apreensivas quanto ao resultado final”.

Como ficarão minhas novas mamas, em relação ao tamanho e consistência?

As mamas podem ter seu volume aumentado através da cirurgia. Além disso, almejamos melhorar sua consistência e forma com a intervenção cirúrgica. Assim é que, neste caso, pode-se escolher o novo volume, pois dispomos de vários tamanhos de peças de silicone a serem introduzidas. Utilizamos apenas as peças pré-moldadas de mamas, o que nos proporciona maior opção quanto ao resultado estético. Existe uma harmonia entre o volume ideal das mamas e o tamanho do tórax, característica esta que deve ser preservada no planejamento da cirurgia. Deverão ser mantidas as proporções entre o volume da nova mama e o tamanho do tórax de cada paciente, a fim de se obter uma maior harmonia estética. A mama, assim operada, passará por vários períodos evolutivos:

a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30o dia. Neste Período, apesar das mamas se apresentarem com aspecto bastante melhorado, sua forma e volume ainda estão aquém do resultado planejado. Lembre-se desta observação: NENHUMA MAMA SERÁ “PERFEITA” NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO.

b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30o dia até o 3o mês – Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva. São características deste período um maior ou menor grau de “inchaço” das mamas; além disso, o aspecto cicatricial encontra-se em plena fase de transição (ver item 1o). Apesar da euforia da maioria das pacientes, já neste período, costumamos dizer às mesmas que seu resultado ficará melhor ainda, pois, isto será a característica do período tardio.

c) PERÍODO TARDIO: Vai do 3º mês até o 12o ou 18o mês. É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade, etc.). É neste período que costumamos fotografar os casos operados, a fim de compará-los com o aspecto pré-operatório de cada paciente. Tem grande importância no resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas, bem como o volume da prótese introduzida. O equilíbrio entre ambos varia de caso para caso.

Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo?

Apesar do resultado imediato ser muito bom, somente na fase mencionada como “período tardio” (vide item anterior) é que as mamas atingirão sua forma definitiva.

Qual o tipo de maiô de banho que poderei usar, após a cirurgia?

No período imediato, mediato ou tardio, qualquer tipo de maiô, de 1 ou 2 peças, desde que a peça superior não fique muito justa. É claro que, após o amadurecimento das cicatrizes, os MAIÔS poderão ser mais “generosos” ao seu critério.

No caso de nova gravidez, o resultado permanecerá ou ficará prejudicado?

O seu ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que aquele especialista controle seu aumento de peso na nova gestação. Geralmente não há problema da nova gravidez interferir no resultado, já que a cirurgia é realizada habitualmente “fora do tecido mamário”.

O pós-operatório desta cirugia é doloroso?

Geralmente NÃO. Este pós-operatório é indolor, desde que você obedeça às instruções médicas, principalmente no que tange à movimentação dos braços, nos primeiros dias. Eventualmente poderá ocorrer manifestação dolorosa, que facilmente cederá com os analgésicos receitados.

Há perigo nesta operação?

Raramente a cirurgia plástica estética de aumento determina sérias complicações. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência ou não da utilização das próteses de silicone, assim como sobre suas eventuais complicações.

Qual o tipo da anestesia utilizada?

Pode ser utilizada anestesia local, peridural ou geral. Preferimos sempre que possível a anestesia local associada a sedação mas é o anestesista que definirá qual a técnica mais segura e confortável para a paciente.

Quanto tempo dura o ato cirúrgico?

Em média de 90 minutos até 120 minutos se necessário for.

Qual o período de internação?

24 horas (anestesia geral); 4 a 8 horas (anestesia local).

São utilizados curativos?

Sim. Curativos elásticos e modelantes, especialmente adaptados a cada tipo de mama. São trocados diariamente pela própria paciente, sem qualquer dificuldade, a partir do 3o dia pós-operatório.

Quando são retirados os pontos?

Geralmente são utilizados pontos que são retirados até o 8º dia pós-operatório.

Quando poderei tomar banho completo?

Geralmente após 3 dias. Antes disso, entretanto, poderá ser tomado o banho quase normal, observando-se apenas os cuidados especiais que serão ensinados pela nossa enfermeira.

Qual a evolução pós-operatória?

Você não deve se esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passarão por diversas fases (vide itens 1 e 5). Se lhe ocorrer a preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado definitivo antes do previsto”, não faça disto motivo de sofrimento: tenha a devida paciência, pois seu organismo se encarregará espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma amiga que não se furtará à observação: // SERÁ QUE ISTO VAI DESAPARECER MESMO?// É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser a nos transmitida; daremos os esclarecimentos necessários para sua tranquilidade.

Quando poderei retomar a minha ginástica?

Geralmente após 45 dias, com exercícios progressivos.

Que vem a ser a retração da cápsula?

É uma retração exagerada da cápsula fibrosa normal (que se forma em torno da prótese), que determina certo grau de endurecimento à região, quando palpada. Certo percentual de casos poderá estar sujeito à tal retração; entretanto, se isto ocorrer em grau acentuado, as próteses poderão e deverão ser retiradas, através das mesmas cicatrizes, em ato cirúrgico simples, sob anestesia local. Posteriormente, ambos, cirurgião e paciente, poderão ponderar sobre a conveniência ou não da reintrodução de próteses menores ou outra conduta que melhor se adapte ao caso. A retração da cápsula nunca reflete imperícia do cirurgião, mas sim, um comportamento anômalo do organismo das pacientes que a apresentam. Presentemente o número de retrações de cápsula diminuiu bastante, devido ao advento de inovações técnicas introduzidas na cirurgia plástica.

Recomendações sobre a cirurgia plástica de aumento das mamas
Recomendações Pré-operatórias

· Internar-se no hospital ou clínica indicada na Guia de Internação, obedecendo ao horário estabelecido.
· Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito lautas na véspera da cirurgia.
· Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, que eventualmente esteja utilizando, por um período de 10 dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também os diuréticos e o uso de aspirina ou similares(ácido acetilsalicílico); na dúvida ligue para nosso anestesista(Dr. Ricardo Ito-99814606).
· Programe suas atividades sociais, domésticas, profissionais ou escolares, de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 8 dias.
· Recomendações Pós-operatórias
· Evitar esforços nos 8 primeiros dias.
· Não movimentar os braços em excesso. Obedeça as instruções que lhe serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores ou massagens.
· Evite molhar o curativo, até que seja autorizada a fazê-lo.
· Não se exponha ao sol ou friagem, até 2ª ordem.
· Obedecer prescrição médica.
· Alimentação normal (salvo casos específicos, que receberão orientação).
· Voltar ao consultório para curativos subsequentes, nos dias e horários estipulados.
· Consulte este documento informativo quanto à evolução pós-operatória, tantas vezes quanto necessário.
· Provavelmente você estará se sentindo tão bem, a ponto de esquecer que foi operada recentemente. Cuidado! Esta euforia poderá levá-la a um esforço inoportuno, o que determinará certos transtornos.
· Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco suas eventuais dúvidas.
· Próteses de mama. Governo Americano finalmente libera seu uso

Relatório final do Instituto Nacional de Saúde (NIH – EUA) sobre próteses de silicone para aumento mamário.

Uma boa notícia para as mulheres que tinham dúvidas sobre a segurança das próteses de silicone: O relatório final do comitê formado para estudar os diversos efeitos dos compostos que contém silicone no organismo humano deu parecer favorável à continuidade de seu uso. Mais que isso, revisou exaustivamente a literatura química, farmacêutica e médica a respeito e pondo fim às especulações causadas pelos que postularam a existência de doenças auto – imunes, câncer de mama, etc. desencadeadas pelo uso do silicone.

O comitê de pesquisa foi composto de vários cientistas de diversas Universidades dos EUA e encomendado pelo Instituto Nacional de Saúde, órgão governamental que regula o exercício da Medicina naquele país (e que dispões de várias agências subordinadas, a mais famosa das quais é o FDA – Food and Drug Administration -, que regulamenta a produção e condições de uso de medicamentos, suplementos alimentares e dispositivos para uso médico).

Entre as conclusões do Relatório, destaca – se:

  1. Com relação ao uso de silicone em humanos:
    Existe intensa exposição dos cidadãos de países desenvolvidos aos produtos contendo silicones – e derivados – presentes em produtos alimentares, cosméticos, lubrificantes, máquinas, seringas hipodérmicas e outros produtos industrializados devidamente regulamentados para uso humano. A exaustiva revisão dos estudos sobre a toxicidade dos diversos compostos derivados do silicone e outras substâncias que tais, sabidamente presentes em implantes mamários, não sustenta a hipótese de risco de agravo à saúde pela exposição a esses produtos.
  2. No que diz respeito ás próteses:
    Eventuais complicações locais podem ocorrer com uma freqüência suficiente para serem motivo de maior atenção e justificar a conclusão de que são o assunto mais importante a esclarecer (mais que os postulados riscos de desenvolvimento de câncer da mama e de doenças auto – imunes – que não encontraram fundamento científico nas bases de dados pesquisadas). Essas eventuais complicações podem ser causa de desconforto, dor, e infecções que necessitem tratamento médico ou cirúrgico posterior. Os riscos dessas eventuais complicações locais se acumulam linearmente com o tempo decorrido após o implante, porém a escassez de dados quantitativos a esse respeito tanto para as próteses de concepção antiga (mais de 5 anos de implante) como para as próteses de design moderno (pelo pouco tempo decorrido desde o início de seu uso) não permitem análise imparcial. (Em nossa experiência, a incidência de complicações locais não é maior que no uso de quaisquer outros implantes tais como tela de marlex para reparação de hérnias ou próteses de acrílico para reconstrução ocular, ou placas de aço para síntese de fraturas; qualquer desses implantes tem vida útil variável conforme o uso a que se destinam – próteses valvares cardíacas são as que no mais das vezes apresentam problemas mais precocemente em função das tensões e movimentos às quais estão constantemente submetidos – N.do A.). Informações a respeito da natureza e freqüência de eventuais complicações locais e reintervenções são essenciais como elemento para confecção de formulário de consentimento informado às mulheres que serão submetidas a mamoplastia de aumento com próteses de silicone.
  3. O comitê também concluiu que:
    Os estudos dirigidos aos efeitos imunológicos dos silicones, evidência na qual se basearam os que postularam a existência de “doença auto – imune induzida pelo silicone”, são numericamente limitados e tecnicamente inadequados, de tal maneira que não substanciam um eventual papel imunológico dos silicones. Uma nova síndrome ou doença associada ao uso de implantes de silicone foi proposta por um pequeno grupo de médicos. Evidências para essa nova doença baseia – se em relatos de casos, são insuficientes e incorretas. A definição da suposta síndrome impõe, como pré-condição, a presença de um implante mamário de silicone, de tal maneira que não pode, portanto ser estudada como condição de saúde independente. As condições para diagnóstico dependem da presença de sintomas inespecíficos e comuns na população em geral. Desta maneira, não há sequer indícios sugestivos de uma nova síndrome em mulheres que receberam próteses de silicone. De fato, as evidências epidemiológicas baseadas em análises estatísticas não suportam a existência da nova síndrome… Não há maior incidência de câncer primário ou recidiva de câncer em mulheres mastectomizadas que se submeteram a reconstrução com próteses mamárias. Em virtude da existência de mais de 1,5 milhão de mulheres adultas com implantes de silicone nos EUA, espera – se que algumas delas desenvolvam doenças neurológicas (como mal de Alzheiner , esclerose múltipla), do tecido conectivo(como artrite reumatóide, lupus eritematoso sistêmico , esclerodermia entre outras) bem como outras condições sistêmicas.

As evidências estatísticas sugerem que tais doenças ou condições não são mais comuns em mulheres com foram submetidas a implantes mamários que em mulheres sem implantes… Não há evidência de uma maior quantidade de silicone no leite materno, ou qualquer outra substância que poderia ser prejudicial às crianças amamentadas. Todas as mães que possuem próteses devem amamentar normalmente. A Conclusão final é de as evidências para agravos à saúde em crianças amamentadas por mães que possuem próteses é insuficiente ou inexistente.